... da totalidade das coisas e dos seres, do total das coisas e dos seres, do que é objeto de todo o discurso,
da totalidade das coisas concretas ou abstratas, sem faltar nenhuma, de todos os atributos e qualidades,
de todas as pessoas, de todo mundo, do que é importante, do que é essencial, do que realmente conta...


Em associação com Casa Pyndahýba Editora
Ano III Número 36 - Dezembro 2011

Poesia - Santiago de Novais

Figura enviada pelo autor
Balanço anual

Janeiro – Dona Benta
Amores não passando de miojo ou lanchinho.
Nenhum estalo luminoso de sua lembrança fria.
Só mesmo azia.

Fevereiro – Improbidade
Vergonha de ser gente e estar aqui no metrô com vocês.
Preferia estar pastando no Cáucaso.
Animal espreitado e nu.

Março – Revés
Fosse um animal me sentiria de roupa e feia.

Abril – Filosofia
A coisa mais inútil e venenosa que permanece entre nós é a ignorância.

Maio – Perfume
Que mais útil e sublime seja qualquer forma de ser.

Junho – Gênesis
Poesia ou vinho?

Julho – Fiume
Leia nas entrelinhas porque é ler mais.
O Baile corre.

Agosto – Medo
Um medo após o outro faz a coragem.

Setembro – Trabalho
Olhai os lírios do campo.

Outubro – Esporte
De hoje em diante todo jogo terminam empatado e
Está decretado o gol anulado.

Novembro – Saúde
É estar louco.

Dezembro – Sexo
Se começar não sou mansinho
Fui bom menino e mereço
Natal aqui não é branquinho.

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